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Mau hálito: o que você precisa saber sobre o assunto?



A halitose ou mau hálito é um assunto sobre o qual deveríamos falar com mais naturalidade, já que é muito mais comum do que se pensa. Porém, infelizmente ainda não é todo mundo que está aberto a abordar esse problema que, se não identificado e tratado, pode até desencadear transtornos psicológicos ou psiquiátricos nos casos mais severos. Como vergonha não pode ser um motivo para adiar o tratamento, muitos profissionais qualificados no diagnóstico e tratamento da halitose fazem questão de informar que as suas consultas preservam o paciente de situações constrangedoras e que pacientes com mau hálito são muito comuns em consultórios. Como o mau hálito é um assunto que gera muitas dúvidas, procurei responder as perguntas mais comuns. Confira:

Mau hálito vem do estômago ou da falta de higiene? Nem sempre. Na verdade, o estômago responde a apenas 2% dos casos. É também muito comum receber nos consultórios pessoas com uma super-higiene e, ainda assim, com hálito alterado. Existem mais de 60 causas diferentes para as alterações e muitos tabus e notícias falsas sobre o assunto. Então, se você tiver dúvidas sobre o seu hálito, procure um profissional qualificado para o tratamento e diagnóstico.

Como é uma consulta de halitose? É preciso deixar bem claro que na saúde não existe uma receita de bolo. Você não pode e não deve acreditar em protocolos estabelecidos em duas ou três sessões. Por que não? Porque somos seres com respostas fisiológicas e hábitos de vida completamente diferentes um do outro.

Posso ter passado por uma falsa consulta de halitose? Não. Não existe consulta falsa ou verdadeira. Pode sim existir falsos profissionais, aqueles que não são cadastrados nos conselhos, o que provavelmente não seria o caso. Para exercer a odontologia, o cirurgião-dentista deverá estar inscrito no Conselho Regional de Odontologia (CRO) do estado em que exerce a profissão, salvo raras exceções, quando o mesmo poderá fazer o atendimento em mais de um local.

Só o cirurgião-dentista pode diagnosticar e tratar o mau hálito? Não. O médico também poderá exercer essa função. A diferença é que 90% dos casos de halitose estão relacionados a alguma alteração bucal. Por isso, esse é o tema da campanha nacional de combate ao mau hálito de 2017 da Associação Brasileira de Halitose.

Equipamentos são indispensáveis no diagnóstico de halitose? Hoje, todos nós damos muito valor aos equipamentos, mas felizmente também sabemos que eles são dispensáveis quando o assunto é diagnosticar o mau hálito. Os aferidores, também conhecidos como monitores portáteis do hálito, podem ser usados. A diferença é que eles poderão quantificar os gases mal cheirosos que eliminamos através da boca ou nariz. Entretanto, o aparelho nos dá números, de nada altera o diagnóstico e tratamento do mau hálito. Sendo assim, o bom e velho exame através do olfato dos examinadores, denominado organoléptico, nada perde para as diferentes tecnologias. Além disso, de nada adianta um diagnóstico numérico se o profissional não sabe como tratar o problema de forma individualizada e adequada a cada uma das causas. Como já falei, na saúde não tem receita de bolo.

O que é halitofobia? A halitofobia é o grande motivo pelo qual algumas pessoas percorrem por diversos consultórios. Trata-se do medo de estar com mau hálito. A pessoa acha, a todo o momento, que o hálito dela pode incomodar. Para saber mais sobre o assunto, veja aqui. Se você tem dúvidas sobre ter ou não mau hálito, uma dica é você ser honesto com você mesmo e com o profissional que irá te tratar ou está te tratando, pois o resultado positivo depende da sua confiança no plano de tratamento que lhe foi oferecido. Perceber alterações que elevem a sua segurança e confirmar as mesmas com pessoas da sua intimidade são ações que podem indicar que você está no caminho certo. No relacionamento profissional-paciente, todos devem fazer a sua tarefa. É questão de dever, de consciência.

Não caia em ciladas! Confira algumas dicas: – Duvide de tratamentos permanentes, ou seja, a cura. Ninguém no mundo pode-se dizer curado do mau hálito ou de alguma doença. – Não acredite em palavras insistentes como “hálito fresco”. Hálito não deve ter cheiro! Melhor dizendo, não existe hálito de menta. A menos que ele seja do creme dental, enxaguantes bucais ou gomas de mascar com aroma de menta. – Halitose não é doença, Então, você não precisa de medicamentos. – não existe e não é permitido pelo Conselho Federal de Odontologia realizar diagnósticos e tratamentos à distância. Videoconferências são para se tratar de negócios e a sua saúde não é um deles! Diagnósticos e planos de tratamentos só deverão acontecer em consultas presenciais. – Desconfie de tratamentos e exames gratuitos, vouchers, soluções “milagrosas” e e-books que prometem a cura do mau hálito. Para saber mais a respeito de como prevenir e tratar o mau hálito, assista a este vídeo. *Karyne Magalhães é cirurgiã-dentista, habilitada em Laserterapia e qualificada no tratamento da Halitose, vice-presidente da Associação Brasileira de Halitose (Abha), membro da Associação Brasileira de Odontologia (ABO-GO) e membro da Sociedade Brasileira de toxina botulínica e implantes faciais (SBTI). Acesse karynemagalhaes.com.br e botoxgoiania.com.br. Os comentários publicados aqui não representam a opinião da plataforma e são de total responsabilidade de seus autores.

Autor: Dra. Karyne Magalhães / Ludovica – Blog da Boca para Fora

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