Bochechos e Enxaguatórios não são a solução!
O bochecho com óleos essenciais associados ao álcool trazem uma sensação de limpeza e refrescância na cavidade bucal. Porém o poder de ação contra as bactérias do mau hálito é restrito, pois os enxaguatórios bucais não conseguem entrar nos biofilmes bacterianos, ou seja, a ação sobre as colônias de bactérias é muito pequena, pois atingem somente as camadas superficiais da placa.
Além disso, os enxaguatórios com álcool e detergentes, quando usados com frequência, irritam a mucosa bucal e causam uma intensa descamação. Essa descamação serve como “comida” para bactérias, que se multiplicam ainda mais. Resumindo, após essa sensação de limpeza ocorre um efeito rebote, pois acontece um aumento do aporte nutricional para as bactérias proteolíticas e anaeróbicas, produtoras dos gases do mau hálito. Então, vamos escolher uma fórmula sem álcool e tentar uma ação sobre o biofilme dental? Infelizmente os resultados também não são satisfatórios em relação à halitose (mau hálito). Não existem produtos milagrosos, consulte um profissional qualificado na área.
Cápsulas não tratam mau hálito!
Muitos produtos que prometem a "cura" da halitose e que são comercializados pela Internet não possuem registro junto à ANVISA e Ministério da Saúde. Halitose é um problema muito comum, mas seu tratamento é pouco divulgado. Porém ele existe e é eficaz, se realizado por profissionais capacitados, aptos a realizarem um diagnóstico correto e, conseqüentemente, prescrever um tratamento adequado.
É comum a veiculação na mídia de produtos "milagrosos" que prometem "combater e curar o mau hálito". Ainda não há comprovação científica de que eles possam realmente curar halitose, mas sim, evidências clínicas de que eles sirvam apenas como mascaradores, pois no máximo encobrem ou amenizam, por poucos minutos, o mau odor.
Não existem, portanto, milagres, nem fórmulas mágicas, apenas um tratamento sério e bem conduzido, que se realizado por um profissional capacitado, pode resolver o problema.
O mau hálito vem do estômago?
O grande mito da história da Odontologia e da Medicina é atribuir a halitose ao estômago. A população em geral atribui essa relação pois muitas vezes, ao estar com o estômago vazio a halitose se faz presente e ao se alimentar ou ingerir líquidos a halitose bucal melhora.
Além disso, a maioria das pessoas acredita ter halitose porque tem gastrite, azia ou refluxo. É muito comum pacientes com gastrite terem mau hálito bucal. Isto pode ocorrer porque a redução do fluxo salivar propicia a formação de saburra lingual. As causas bucais devem ser investigadas através de exames específicos, principalmente o exame periodontal.
